Por Rodrigo Rosa

No último mês o nome da Ministra Damares Alves volta a circular nas mídias, quando do lançamento da campanha de abstinência sexual como estratégia de política pública “alternativa” para trabalhar a prevenção à gravidez na adolescência e às infecções sexualmente transmissíveis.

Hoje, ao comentar sobre o tema, Bolsonaro disse que “uma pessoa que vive com HIV, além de ser um problema pra ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil”. E tudo isso justo quando, no Brasil inteiro, começa a pipocar uma série de denúncias de escassez de preservativos, antirretrovirais e tratamentos profiláticos para o HIV. No mínimo estranho.

Mas então, a abstinência sexual é uma política pública realmente pensada para frear a epidemia do HIV e os casos de gravidez na adolescência? Proibição resolve? Qual o resultado quando não há educação sexual para as crianças e adolescentes?

Uma possível resposta vem a partir da realidade de quem sempre teve esse direito negado. As LGBTs sempre tiveram o direito à sexualidade e educação sexual negado. A educação sexual para LGBTs não é debatida nas escolas, dentro do ambiente familiar, em lugar nenhum.

O resultado desta triste realidade LGBTfóbica resulta em tristes estátisticas que colocam gays e mulheres trans como mais vulneráveis às ISTs.

Despesa não é tratar pessoas que vivem com HIV, o tratamento garante que as pessoas fiquem indetectáveis e não transmitam o vírus. Despesa é uma campanha sem fundamentação científica e que não garante retorno. Despesa é manter deputado durante 28 anos no parlamento sem contribuição alguma a sociedade.

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