Justiça condena Bolsonaro por preconceito contra comunidades quilombolas

Do site nacional do PSOL: www.psol50.org.br

Uma decisão proferida nesta segunda-feira (02/10), pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, dá uma injeção de ânimo à luta contra as atitudes conservadoras e fascistas do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Por uma declaração preconceituosa proferida contra comunidades quilombolas, durante evento no Clube Hebraica, em abril deste ano, no Rio, Bolsonaro terá que pagar R$ 50 mil a comunidades quilombolas e à população negra por danos morais.

Na ocasião, o líder fundamentalista disse que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, ao se referir a uma comunidade a qual ele visitou. Bolsonaro também disse que “nem para procriador ele serve mais”.

A atitude provocou a manifestações de várias organizações de direitos humanos, dos movimentos negros e também do PSOL, que, à época, protocolou uma representação na Corregedoria da Câmara contra o deputado do PSC. Os deputados federais Jean Wyllys, Chico Alencar e Glauber Braga, todos do Rio de Janeiro, cobraram que o órgão tomasse providência contra mais essa atitude grotesca de Bolsonaro.

A decisão, proferida pela juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio, foi em julgamento da ação protocolada pelo Ministério Público Federal. Os procuradores Ana Padilha e Renato Machado, que assinam a ação, dizem que “o julgamento ofensivo, preconceituoso e discriminatório do réu a respeito das populações negras e quilombolas é incontestável”.

Destacam também que as afirmações “desumanizam as pessoas negras, retirando-lhes a honra e a dignidade ao associá-las à condição de animais”. Na ação, os procuradores pediam uma indenização de R$ 300 mil.

Os recursos pagos pela condenação de Bolsonaro devem ser revertidos para o Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos.


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