Por Fábio Cóssio – Outras Vozes

Trabalhadores e trabalhadoras do POP CENTER protestaram nesta quinta (04) em frente à prefeitura. A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) se reuniu com os permissionários e empresa responsável para acordarem alguns aspectos. Segundo informações do colega jornalista Edson Luis Planella do SOS Laranjal, existe uma definição informada que a reabertura fica condicionada ao controle de público e normas sanitárias.

Vale lembrar que o Pop Center tem o aluguel mais caro da cidade e que muitos itens contratuais nunca foram cumpridos pela empresa e com aquiescência do Poder Executivo. Os trabalhadores foram recebidos de forma truculenta pela Guarda Municipal. Em resposta, a  essa ação repressiva, os trabalhadores colocaram fogo em volta da rua Quinze de Novembro. Uma prática que tem sido constante do atual governo municipal para reprimir o trabalhador que luta.

De acordo com informações do Diário Popular, o centro popular estava fechado desde o dia 20 de março por conta das medidas de prevenção ao coronavírus adotadas pelo município. Cerca de cem lojistas tem atuado na área externa do prédio com bancas improvisadas. Na quarta-feira dia 3 foi decretado pra reabertura do espaço ,trabalhadores acusaram o governo Paula de colocar em risco a saúde que dos trabalhadores e de clientes.  Uma vendedora do POP CENTER entrevistada pelo jornal,Celeste Silva, reclama da situação.” É um prédio que  não tem mínima condição de receber os camelôs. Estão colocando em risco a vida de 570 vendedores e dos clientes”, diz.   Outros problemas relatados por ela são os corredores apertados e a falta de ventilação que poderiam contribuir para a infecção de quem trabalha e consome.  Assim como outros donos de bancas, também afirma que, com a economia desaquecida e fronteiras com países vizinhos fechadas para compra de mercadorias, a maioria não teria condições de pagar as taxas ao Pop Center.

Pelo decreto, a reabertura do local e o funcionamento das lojas terá limitações nos moldes das medidas aplicadas ao Shopping Pelotas. Nesse caso, haverá medição de temperatura na entrada, cada uma das bancas poderá ter apenas uma pessoa trabalhando e a circulação no centro comercial não ultrapassar 30 % da lotação indicada pelo Corpo de Bombeiros. Além é claro todos os trabalhadores deverão usar máscaras, fazer a higienização dos locais e disponibilizar álcool gel.

Na reunião com a prefeita entre os pontos de desacordo com a proposta de reabertura estão o valor do aluguel e o prazo para o retorno ao espaço. “Podemos discutir um prazo mínimo para retorno, mas não que seja em 30 dias. Hoje fui desrespeitada, a cidade foi desrespeitada com essa manifestação” afirmou a prefeita. Ainda segundo ela, epidemiologistas ouvidos pelo governo afirmam que seria possível a reabertura das bancas em segurança diante dos protocolos.  Mesmo em  três horas de reunião a portas fechadas,  governo, permissionários e administração do POP CENTER não chegaram a um acordo.  Segundo informações do Diário Popular, o decreto serve para além do POP CENTER lojistas de centros comerciais sobre notificação por Covid-19. Caso um funcionário seja contaminado, isso deverá ser informado à administração do local para registro junto à Vigilância Epidemiológica. Depois disso, o trabalhador terá que se afastar do serviço por 14 dias.

Foto: Jonathan Feijó

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