A morte de Fidel Castro nos faz lembrar que processos históricos são contínuos. Mesmo quando parecem acabados há resquícios que ainda substanciam lutas. A forma que a mídia nacional e internacional ocidental trata a morte de Fidel apresenta apenas uma faceta da história, buscando enterrar o líder da revolução cubana também politicamente. Não suportam o legado histórico que Cuba, Fidel e Che Guevara, entre tantos outros e outras durante a história, apresentaram ao mundo: a organização do povo pode revolucionar e construir uma sociedade que priorize o social ante ao capital. Mas, não é só isso.

Representa, também, a resistência à um modelo político e econômico que foi derrotado, mas não enterrado, no século XX, tanto pela burocracia assassina da URSS de Stálin, quanto pela ideologia consumista e individualista propagandeada pelos E.U.A e Europa: o Socialismo. Entretanto, ideias não morrem, nem envelhecem. É neste sentido que a imprensa precisa dar conta de seguir incessantemente difamando Cuba, Fidel e Guevara. Sabem que há milhares e milhares que seguem buscando a igualdade, a distribuição igualitária da produção, a democracia, políticas sociais efetivas etc.

As inverdades contadas pela TV sobre Fidel não substanciam apenas difamação, representam medo. Medo da conscientização do povo e pânico de perder seus privilégios e controle político forjado no crime. Fidel morreu, antes dele milhares de referências também, mas a luta nunca parou. A roda da história segue girando.

Por aqui temos a dizer: Hasta siempre comandante. Viva Fidel, viva Guevara, viva a revolução cubana, viva o Socialismo!

Publicado por Helder Oliveira

Professor de Sociologia e História, Secretário Geral do PSOL Pelotas, Ex Presidente do PSOL.

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